Como o empreendedorismo pode servir ao movimento negro e ao Brasil?
Por Fabio Nogueira* Em recente entrevista, Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas (CUFA), é perguntado sobre o papel do empreendedorismo nas comunidades faveladas do Brasil[1]. A resposta de Zezé é bastante pertinente para se refletir sobre a centralidade da agenda econômica para o movimento negro e como isso acabou secundarizado por um debate comportamental do racismo à brasileira,
O racismo é, sim, estrutural
Por Dennis de Oliveira* Causou grande "frisson" a entrevista concedida pelo professor Muniz Sodré à Folha de S. Paulo neste último domingo (19/03) em que ele fala sobre o seu novo livro - "O Fascismo da Cor" (Editora Vozes). Mas a grande polêmica foi que o professor critica o conceito de racismo estrutural, particularmente o que foi apresentado pelo
Prefácio Brasil: as raízes do protesto negro
Por Ana Paula Procópio Assistente social e psicóloga, doutora em Serviço Social, professora da Faculdade de Serviço Social da UERJ. Coordenadora do Programa de Estudos e Debates dos Povos Africanos e Afro-americanos - UERJ. A leitura desta obra, reeditada pela Dandara mais de 40 anos depois de seu lançamento, comprova que as ideias de Clóvis Moura continuam uma novidade,
A articulação das mulheres negras latino-americanas e caribenhas
Tatiana Oliveira* Dia 25 de julho comemoramos o Dia Internacional da Mulher Afro-latino-americana e Afro-caribenha, e no Brasil também celebramos o Dia Nacional da Mulher Negra e de Tereza de Bengela. A origem dessa data remonta a luta das mulheres negras, desde que as primeiras africanas foram escravizadas e trazidas para o Continente. E também a mobilização de suas descendentes
Orelha “Os Quilombos e a Rebelião Negra”
Weber Lopes Góes Doutor em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC e Pesquisador do Centro de Estudos Periféricos - CEP – UNIFESP/CAMPUS ZONA LESTE Em 1981 o livro Os Quilombos e a Rebelião Negra foi publicado pela Editora Brasiliense. Nessa circunstância o Brasil se encontrava sob o “tacão” do bonapartismo, isto é, no período da ditadura militar de 1964.
Prefácio: Os quilombos e a rebelião negra
Por Fábio Nogueira Doutor em Sociologia (USP), Professor Adjunto da UNEB e autor de Clóvis Moura: trajetória intelectual, práxis e resistência negra (Eduneb, 2013). O presente livro de Clóvis Moura foi escrito em uma quadra de sua trajetória intelectual em que as bases teóricas de seu livro de estreia, Rebeliões da Senzala (1959), tiveram um maior aprofundamento e desenvolvimento.